Desde o lançamento de Wild Rift, o League of Legends para celular, a Riot anunciou uma reestruturação significativa na empresa, colocando os eSports em sua própria divisão, ao lado de entretenimentos e jogos. Contudo, quando o game foi anunciado a expectativa era de que a companhia fosse devagar com os esportes eletrônicos, para permitir que o jogo ganhasse audiência e, aos poucos, construísse um plano global de esportes eletrônicos. Mas quando o game foi lançado, a Riot assumiu um papel mais ativo na formação da estrutura global de eSports de Wild Rift.
Essa nova abordagem representa a evolução de como a empresa vê a relação entre o desenvolvimento dos jogos e os esportes eletrônicos. Tudo isso se deve ao crescimento massivo da indústria dos eSports nos últimos anos. Marcas importantes e de fora do meio, como a Mercedes-Benz e Mastercard, são parceiras globais do League of Legends, e estão investindo milhões de doláres por uma vaga em uma liga profissional. Por esse motivo, se tornou fundamental para a Riot ser mais ambiciosa em seus planos.
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Atualmente, John Needham se encontra no topo da divisão de eSports. Ele atua como chefe global de esportes eletrônicos da Riot desde 2020 e ocupou posições de lideranças importantes desde que ingressou na empresa em 2017. Needham já trabalha na indústria dos games há muitos anos, tendo sido CEO para a Cryptic Studios de 2008 até 2011.
No último mês, Whalen Rozelle, que estava na liderança do Valorant dentro da empresa, foi promovido à chefia de operações globais de esportes eletrônicos, para supervisionar as infraestruturas de cada uma das competições globais da Riot. Além disso, em outubro, a Riot também promoveu Naz Aletaha à liderança do League of Legends, e Leo Faria já está a frente do Wild Rift desde seu anúncio. Isso significa que todos os quatro membros da nova equipe de liderança de esportes eletrônicos são veteranos na Riot, tendo estado pelo menos quatro anos na empresa.
A decisão da empresa de promover internamente para construir essa nova divisão traz um enorme contraste com muitas notícias do mercado nos últimos anos. Isso pois inúmeras empresas optaram por trazerem executivos de esportes tradicionais para liderarem suas divisões de esportes eletrônicos. Em entrevista, Aletaha disse que essa decisão representa a filosofia central da Riot como uma empresa focada no jogador. Needham acrescentou que construir uma iniciativa de eSports focada no jogador (ou no torcedor) requer uma compreensão do que atrai a geração Z e o público da geração Y, atendendo à natureza digital dos games competitivos por meio de opções de visualização exclusivas e experiências interativas. “Nenhuma dessas outras experiências importa se o jogo não for realmente forte e não construir uma comunidade.”