Ontem foi dia das mães e queria aproveitar esse dia tão especial para tratar de um assunto sério: emprego e maternidade.
A luta pela inserção da mulher no mercado de trabalho é histórica.
Até os dias atuais, por exemplo, há uma brava batalha para que o trabalho das mulheres seja valorizado no mesmo nível que a mão de obra masculina.
É que, pela análise de alguns indicadores, as mulheres ainda ganham menos que os homens, mesmo ocupando cargos semelhantes.
Eu acredito que a mão de obra feminina é muito mais atenta aos detalhes, muito mais cuidadosa e possui uma visão que nós, homens, as vezes desprezamos por sermos mais práticos.
Porém, não podemos deixar de lado o desafio que cada uma dessas mulheres enfrenta.
Se você parar para refletir, algumas mulheres são:
- Colaboradoras em empresas
- Mães
- Esposas
- Filhas
- Donas de casa
- Cuidam de si
- Chefes de família
É muita atribuição.
Uma pesquisa realizada pelo Google Survey, em fevereiro de 2019, demonstra que 38% das mulheres trabalham fora.
35% das mulheres mães dividem as responsabilidades mas, a maior parte faz um número maior de tarefas diariamente.
Por isso, é um desafio não só para elas, mas para todas as empresas que detém em seu quadro de colaboradores a mão de obra feminina.
Não deve ser fácil, por exemplo, exercer a mesma rotina habitual, quando se gera em seu ventre uma vida. O corpo muda, os hormônios mudam e a rotina muda.
Em razão disso, eu entendo que as empresas não só podem, como devem melhorar o ambiente de trabalho para as mulheres durante a maternidade.
Um bom gestor entende que é preciso alinhar as necessidades de suas funcionárias com as necessidades da empresa, e precisam, de alguma forma, encontrar uma maneira de fazer com que as mães se sintam acolhidas pelo ambiente laboral.
A mulher não precisa e não deve ser obrigada a escolher entre ser mãe e ter uma carreira profissional de sucesso.
Como CEO de uma grande empresa e empreendedor, eu posso destacar algumas boas dicas para que a sua empresa torne as mães mais inclusas em seu processo diário, sem ter medo de perder a qualidade do serviço, sem prejuízo nenhum para a empresa e com as portas abertas para a ascensão da mulher dentro do quadro de funcionários.
- Diminuir a pressão laboral durante a gestação
- Realizar a adequação de horários para que o rendimento não caia
- Incentivar a realização de atividades que aprimorem e necessitem de atenção, foco, a criatividade, gestão de tempo e equipe.
- Investir em medidas de bem-estar.
- Oferecer apoio profissional psicológico, especialmente durante o puerpério.
Eu acredito que, quanto mais a mulher se sentir segura em seu ambiente de trabalho, maior será o incentivo para que ela se mantenha no quadro de colaboradores mesmo após findada a licença maternidade.
Isso significa dizer que a empresa participará da vida dessa mãe diretamente, o que faz total diferença se você pensar na proximidade que a empresa deve ter junto a seus colaboradores.
A segurança gerada por um ambiente de trabalho adequado tem o poder de incentivar a dedicação, foco, constância e determinação para o crescimento da pessoa jurídica. E ao mesmo tempo, a sensação de pertencimento da mulher por causa desse apoio gera uma conexão contínua, e, consequentemente, um trabalho mais prazeroso.
Então, se você é empreendedor, gestor, proprietário ou atua em alguma área que emprega mulheres, faça essa reflexão.
Você não tem nada a perder em incentivar a maternidade no seu ambiente laboral.
Tenho certeza que não vai se arrepender.